
Em 2017, adiado e reorganizado devido à tragédia provocada pelo incêndio deflagrado na região centro de Portugal, o evento, que habitualmente é composto por um importante conjunto de sessões diurnas e nocturnas repartidas por diversas localidades do distrito de Santarém, compreendeu no seu itinerário apenas a vila da Golegã e a cidade de Tomar. O incêndio que devastou os cerca de 20 000 hectares de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e que provocou pelo menos 65 mortos e mais de 200 feridos, para além de atingir os concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, chegou também a envolver os distritos vizinhos de Castelo Branco e Coimbra. No total, no dia 17 de Junho, cerca de 34 concelhos de nove distritos apresentavam risco máximo de incêndio. As Templárias sempre revelaram grande preocupação sobre esta matéria. Principalmente devido aos incêndios de Pedrógão Grande e Góis, num total de 6 641 ocorrências, a área já ardida em 2017 é a maior da última década, com mais de 60 mil hectares de floresta consumidos no primeiro semestre. Tendo em conta os cerca de 700 incêndios que deflagraram posteriormente nos dias 15 e 16 de Outubro em Portugal, considerados os piores dias em matéria de incêndios florestais, provocando a morte a 50 pessoas, foi com profunda consternação que As Templárias contabilizaram, para além das 116 vidas perdidas, os mais de 520 mil hectares ardidos. Nunca ardeu tanto, em tão pouco tempo. A excepcionalidade desta situação, considerada a mais trágica da história de Portugal no que se refere a incêndios florestais, determinou medidas igualmente excepcionais (rompantes) por parte das Templárias. Haverá decisões fáceis de firmar. Outras, pela diversidade do joio, obrigam-nos a joeirar uma, duas, três, dez, vinte e todas as vezes julgadas necessárias o mesmo grão. Assim, a 4ª edição do encontro que estava prevista arrancar no dia 20 de Junho, foi adiada para o dia 28 do mesmo mês.
A escassos dias dos preparativos, o evento «As Templárias em Almourol 2017» sofreu relevantes alterações quanto às datas e aos locais previamente agendados. Para o devido efeito, atendendo ao novo programa e ao seu deslocamento geográfico, a denominação e respectivos prospectos alusivos ao megaevento foram apropriadamente substituídos.
Todas as etapas deste evento anual estão, na sua essência, vedadas ao público. Esta é a razão pela qual, quando as cerimónias (privadas) são asseguradas total ou parcialmente em locais abertos ao público, como no caso dos cortejos, desde logo por questões de ordem prática de comodidade e de resguardo, as datas não são divulgadas.
Relativamente ao conteúdo examinado nas palestras, conferências e debates, para além do cadarço de temas previamente lavrado para a 4ª edição, durante a remodelação do encontro foram incluídos tópicos relacionados com os incêndios florestais, matéria essa já trazida para o domínio público pelas Templárias em 2015, e o Convento de Cristo (Tomar).
Mais informações acerca desta magna convivência anual podem ser obtidas no site oficial, através da página As Templárias em Almourol e na nota As Templárias em Almourol 15' deixada por ocasião da edição realizada em 2015.
Serenidade, paixão, rigor, respeito, justeza, história e tradição não são palavras vãs ou ocas, antes ocupam o raciocínio de todas "As" intervenientes todos os dias. Vigilantes, o seu saber permite o florescimento de uma visão tranquila, serena mas muito lúcida e prevenida. Ou, dito de outra forma, pelo seu percurso e pelos seus princípios invulgares de extrema exigência, As Templárias compõem, sem sombra de dúvida, a soma perfeita de identidade com carácter e determinação.