As Templárias reúnem-se na próxima semana, entre os dias 29 de Junho e 3 de Julho, uma vez mais longe do bulício da cidade, para analisar, debater e solucionar problemas relacionados com a carência alimentar nas crianças.
Soube-se, há dias, que um grande número de crianças vai ficar sem uma refeição durante o período de férias escolares. Para muitas destas crianças, a principal refeição diária que têm é aquela que é fornecida pelo estabelecimento de ensino que frequentam. Preocupadas com um problema considerado inadmissível, As Templárias não tardaram a reagir. A legislação continua sendo avulsa, nomeadamente no que se refere à esta matéria. A acão social complementar não se pode restringir a teorias sociológicas. O que acima de tudo caracteriza as medidas ineficientes é a acentuada burocratização da sua articulação e/ou planeamento e a rotina da sua atuação. Por isso, também aqui, se verifica a existência de estruturas latentes que geram políticas volúveis que resultam, em certos casos, como neste, em regras de discricionariedade de facto.
Na próxima semana, parte da Corporação junta-se para analisar aquilo que considera ser uma profunda violação dos deveres para com os mais vulneráveis e desprotegidos. Este encontro conta com uma sessão extraordinária presidida pela autoridade máxima - atualmente residente em Portugal - da Organização. A contenção de custos, sendo a realidade das normas ou da própria estrutura social, será um dos problemas em discussão. Os principais tópicos incluídos na ordem de trabalhos são, para lá do debate sobre as infrutíferas formalidades da própria legislação, a disponibilização de uma verba e as condições especiais em que esta será aplicada numa eventual contribuição. O universo do homem não é um conjunto de meros objetos mas um mundo de agentes, construído por eles e por eles mantido à custa da participação em determinado sistema de regras, expectativas e significados. Situando-se a deviance na fenomenologia da intersubjectividade, ela deve ser encarada pondo entre parênteses qualquer juízo de referência ontológica.
Neste âmbito, As Templárias reafirmam uma posição pautada por uma enorme sensibilidade a favor da dignidade e da defesa dos direitos fundamentais de cada ser humano. A economia, a política e a organização social do país são fatores que influenciam os domínios considerados essenciais. As Templárias, honradas e destemidas combatentes, defensoras e guerreiras (adaptadas e preparadas para os mais exigentes quadros atuais), mas também humanistas, pensadoras da liberdade, fragilidade da condição humana e da sua finitude perante os caprichos do devir histórico, aqui num papel mais interventivo na vida política e económica do país. Unidas na beleza da paisagem fluvial ribatejana, o Castelo de Almourol, forte militar medieval situado no concelho de Vila Nova da Barquinha, é um dos locais assegurados para o evento que decorrerá na próxima semana e se prolongará noite dentro. Nesta deambulação pelo concelho, ficam igualmente confirmados alguns outros locais muito estimados, defendidos e utilizados pela Corporação, como no caso das zonas verdes de Cafuz, Matos e Limeiras.